Boas práticas de descarte são fundamentais para proteger profissionais, pacientes e o meio ambiente e podem ser incorporadas com organização, capacitação e engajamento
A separação correta de resíduos no centro cirúrgico é muito mais do que uma obrigação regulatória. É um cuidado essencial com a segurança das equipes, dos pacientes e também com o futuro do planeta. Mas como transformar esse compromisso em prática diária, mesmo em um ambiente de alta complexidade como o bloco cirúrgico?
Tudo começa com um diagnóstico bem feito. Mapear os tipos de resíduos gerados, os pontos de descarte e os fluxos atuais permite identificar falhas e planejar soluções reais. Em seguida, é fundamental padronizar a sinalização com coletores adequados, lixeiras com pedal ou sensor (evitando o contato manual) e coletores de perfurocortantes sempre bem posicionados e sem ultrapassar dois terços de sua capacidade.
A segurança também depende da classificação correta dos resíduos, seguindo a RDC 222/2018, que estabelece categorias como infectantes, perfurocortantes, comuns e recicláveis, químicos e radioativos. Essa segregação deve ser feita no exato momento da geração, ou seja, no ponto de uso, garantindo proteção desde o início.
Capacitar a equipe é outra peça-chave. Treinamentos regulares, com foco no risco biológico e no impacto ambiental e financeiro do descarte incorreto, ajudam a criar uma cultura de responsabilidade. Boas práticas incluem não reencapar agulhas, não jogar contaminantes em lixeiras comuns e sempre descartar imediatamente após o uso.
A segurança também passa pelo uso correto de EPIs no descarte e transporte, e pela criação de protocolos com rastreabilidade, desde a coleta até o armazenamento interno. Nomear responsáveis por turno ou setor também pode fazer a diferença na consistência dos resultados.
Por fim, para manter o engajamento, vale apostar em materiais visuais de reforço, como cartazes educativos, infográficos, murais com indicadores e até dinâmicas interativas, como jogos ou estações de “acerto ou erro”. Afinal, segurança e sustentabilidade precisam estar sempre visíveis, não só nos processos, mas também na consciência de quem cuida.
A separação de resíduos no centro cirúrgico não é um detalhe. É uma prática estratégica que salva vidas, preserva recursos e fortalece o cuidado.
Confira aqui algumas perguntas e respostas sobre o tema.
Proteção à vida.
Conduzir o protagonismo da enfermagem perioperatória pela prática baseada em evidência e geração de conhecimento inovador para a qualidade e segurança da assistência ao paciente cirúrgico.
Ser a voz e o recurso para o avanço dos mais elevados padrões de excelência para a prática da enfermagem perioperatória no âmbito nacional e internacional..
Postura e atitudes éticas, colaborativas e inclusivas. Comprometimento científico, social e ambiental.